CPMCS - Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social
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CPMCS comemora 15º Aniversário
 
CPMCS comemora 15º Aniversário
3 de Dezembro de 2009

Decorreu no dia 3 de Dezembro o Seminário Comemorativo do 15º aniversário da Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social (CPMCS), sobre o tema “Os Media e o Desafio Digital”, no Hotel Sana Malhoa, em Lisboa.

Na Sessão de Abertura, o ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, confirmou a actualidade do tema escolhido para este Seminário ao afirmar: “Sabemos que estamos no epicentro de grandes transformações, nomeadamente no caminho para a migração para a TV digital. Estamos em vésperas, senão em pleno, da era digital”, anunciando também a criação de um grupo de trabalho, em que “produtores e outros actores avaliarão os indicadores de maior nacionalidade”.

Já à margem do Seminário, e em declarações à agência Lusa, Jorge Lacão afirmou estar a “aguardar com serenidade a apreciação dos tribunais” relativamente ao processo do quinto canal.

Quanto à Lei da Concentração dos Media, o responsável pela pasta da Comunicação Social declarou não ter intenções de avançar “imediatamente”.

A Sessão de Abertura contou ainda com a presença de Pedro Berhan da Costa, Director do Gabinete para os Meios de Comunicação Social, José Bragança de Miranda, Vice-Presidente da SOPCOM e Paulo Costa Santos, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da CPMCS.

No primeiro painel, José Faustino, Presidente da Associação Portuguesa de Radiodifusão (APR) e Pedro Berhan da Costa abordaram a questão do “ROLI: uma experiência de sucesso na Comunicação Social Digital”.

No painel seguinte, “Os Media na Era Digital: desafios e oportunidades”, intervieram Luís Marinho, Administrador da RTP, Bernardo Bairrão, Administrador Delegado da TVI, Cónego João Aguiar de Campos, Presidente da Rádio Renascença e Paulo Fernandes, Presidente da Cofina.
O administrador da RTP questionou: “deve-se acabar com o serviço público ou exigir que ele se transforme e ofereça aquilo a que de outro modo não se teria acesso?”, defendendo “um serviço público como referência de acesso à Internet, como garante de um acesso generalizado”.

Bernardo Bairrão, Administrador Delegado da TVI, sustentou que um dos desafios colocados pelo digital seria " considerar uma maior exploração comercial dentro dos conteúdos".

Ainda no contexto dos desafios do digital, o cónego João Aguiar de Campos, presidente da Rádio Renascença afirmou que “os jornalistas já não contam o que se passou, transmitimos o que acontece, o que esta era do mobile, que cresce exponencialmente, nos obriga a transmitir.”

O Presidente da Cofina, Paulo Fernandes, lembrou que a publicidade na Internet cada vez se assume com mais força e que importa definir em Portugal qual o modelo de negócio para os conteúdos online pagos. Entre as várias hipóteses sugeriu os micropagamentos (cobrar apenas por serviços especiais) ou o sistema “freemium”, que oferece a informação básica de forma gratuita cobrando apenas conteúdos especializados ou artigos de opinião.

Mais adiante o responsável pelo grupo que detém, entre outros, o “Correio da Manhã”, declarou que “a Cofina quer ser a primeira a cobrar pelos conteúdos que tanto nos custam produzir. Os grupos têm de estar unidos e coesos porque se um cobra e o outro não, não funciona”.

No último painel, “Pluralismo dos Media e a Concentração: o debate europeu”, Robert Picard, Professor de Economia e Director do Media Management and Transformation Centre, Jönköping International Business School, afirmou que um país como Portugal, com dez milhões de habitantes, deveria ter dois grupos de Media.

Esta intervenção de Robert Picard foi comentada por Francisco Pinto Balsemão, Presidente da Impresa, que ironizou sobre esta questão ao afirmar que “somos um país muito livre. Temos cinco: Cofina, Impresa, Media Capital, Controlinveste e Estado”. Francisco Pinto Balsemão mostrou-se ainda contra a legislação específica para o sector, ao afirmar que “todas as tentativas de intervir nos conteúdos é interferir na minha liberdade de escolha. O público é sempre o júri decisivo”.

A encerrar os trabalhos João Palmeiro, Presidente da Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social, declarou que “a presente crise veio mostrar que apoios do Estado inteligentes e actuais, adequados à estrutura nacional de cada sector empresarial dos media, não só são possíveis - não só não obrigam à perda da independência, da autonomia e da transparência - como são indispensáveis no campo da inovação e da procura dos modelos de negócio mais adequados a cada sector dos media”.

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